No post anterior, começamos a falar sobre o estilo Saison: sua região de origem e como essa cerveja foi importante na alimentação e no dia a dia do homem do campo.
Com o passar do tempo e com a Primeira e Segunda Guerras Mundial, o estilo quase caiu no esquecimento. Apesar disso, o estilo sobreviveu e ganhou força a partir da década de 80. Hoje em dia não são muitas cervejarias que o produzem o estilo na região da Valônia, mas estão entre as melhores cervejas da Bélgica.
Geralmente feitas de maltes claros (também podem usar maltes escuros), é comum adicionar a cerveja uma grande variedade de condimentos e plantas, desde pimentas a casca de laranja. Tradicionalmente, por ser feita nas fazendas, era utilizado as plantas que se tinha a disposição no local.
No passado a cerveja era fermentada em barris de madeira e servidas ali mesmo, o que caiu em desuso. Hoje o mais comum é serem comercializadas em garrafas tipo champagne. Cada garrafa tem um caráter único, dependendo das especiarias utilizadas, porém todas possuem uma alta carbonatação e com colarinho firme. O aroma é estimulante, frutado e condimentado, com final seco e levemente ácido.
O estilo foi o primeiro a ser produzidos pela cervejaria Fat Cat, que é uma cervejaria rural, e nada melhor e mais romântico do que replicar esse estilo. Buscamos trazer em nossa Saison as características regionais, adicionando capim limão, muito utilizado na região de Cássia dos Coqueiros para o preparo de chá. Também adicionamos sementes de coentro que traz um frescor inigualável. Para replicar os sabores frutados e picantes utilizamos 2 cepas de leveduras, trazendo um final seco e refrescante. Uma cerveja de uma região agrícola do interior de São Paulo, porém com alma da região agrícola belga.
Com todas essas características, o estilo Saison mostra uma versatilidade incrível para a acompanhar diversos pratos, em harmonizações incríveis. Porém esse assunto fica para a parte 3.